The Riot Club by Lone Scherfig


Tenho vos a dizer que este filme só foi visto pela prestação de um dos meus mais admirados  atores, Douglas Booth. Comecei-o a assistir numa noite chuvosa de sábado de Fevereiro do ano passado. Deitei me na cama com vários preconceitos e especulações, pensava que iria ser um filme desastroso, uma perda de tempo, mas mesmo assim deixei me ver. Ao longo da 1h45 o filme provou-me o contrário. É um filme um pouco confuso, admito, mas acho que assim, ainda mais interessante se torna. Tudo se baseia num grupo de estudantes de Oxford, o grupo mais antigo da universidade, The Riot Club. Todos os alunos que pertençam a este grupo tornar-se-ão grandes pessoas no futuro. Bem, naquele ano entraram mais dois caloiros para o grupo, um com uma vontade incrível de conhecer e com bastante misericórdia(Miles), outro com grande raiva de fazer parte de uma das mais conceituadas familias de Londres(Alistair). Tudo farão para se tornarem importantes e reconhecidos no clube, mas é a partir desse ponto que a história se desenvolve.
Estou completamente apaixonada pelo o filme e o que me deixa mais triste é a maioria dos comentários serem negativos. Afirmam que a história seja uma porcaria e que não faça sentido. Eu discordo totalmente. É uma história que se tem de entrar nela para perceber realmente o seu sentido. Demonstra que nem sempre aquilo que "vestimos" nos torna grandes pessoas. Independentemente dos colégios, grupos, famílias e universidades a que pertencemos, nós somos as nossas ações. Não é o nome de família que cobre os nossos danos, não é o dinheiro que dá a vida e não é um mero estatuto social que nos torna aquilo que somos. Ao mesmo tempo demonstra que algo imponente nem sempre é o melhor, faz nos refletir que muitas das pessoas que nos rodeiam não são nossos amigos. Este é um ponto da lição. Mas a história não se fica por aqui. E já agora uma salva de palmas para Laura Wade (escritora da peça) que nos levou a outro lado negro da sociedade. Apesar destas lições e modelos de comportamento, passo a contradizer o que disse antes, por vezes é mesmo o estatuto e o dinheiro que  resolve os nossos problemas. Alguns casos de pessoas muito importantes que vemos no nosso dia a dia são escrúpulos mas pelo seu estatuto conseguem ser das mais poderosas. Admirei a história porque transmite não só a realidade ao longo dos séculos, mas também porque é um exemplo a seguir nas atitudes de Miles. Demonstra a mentalidade e os ensinamentos dados aos jovens, que o dinheiro compra tudo. Quem não gostaria de ter certas oportunidades que certas pessoas têm? Por vezes quem mais têm, menos estima.
Sobre aqueles comentários ao filme ou mesmo à história, eu apenas digo para tentarem abrir a mente e deixar a verdadeira mensagem entrar. Recomendo colocarem na vossa lista de filmes a serem assistidos, vale a pena, eu achei.E digo-vos o elenco é bastante bom, provavelmente reconhecerão bastantes atores. Se esta pequena amostra vos abriu o apetite de assistirem comentem.
Com Amor, Né!

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