Bem este ano eu pretendo ler muito mais. Eu adoro ler porém, no último ano não tive muito tempo e, para ser sincera, vontade para me dedicar à leitura. Comecei o ano com um livro super surpreendente "Diz-lhe que não - lições para mulheres moderadamente românticas que acreditam que o amor é outra coisa!" por Helena Magalhães. Já não me lembrava de gostar tanto de um livro, já não me lembrava de me ter arrependido tanto por ter lido um livro tão rapidamente!!
Publiquei 2 instastories com pequenas partes deste livro e muita gente me perguntou qual era o título e se estava a gostar, aqui vos respondo...
Este livro é totalmente diferente do que normalmente leio. Neste livro a autora conta-nos as suas histórias amorosas de uma forma super simples e humorística. Cada capítulo é a falar, na sua maioria, de um homem diferente que passou pela sua vida, ou pela vida das suas amigas. A escrita de Helena Magalhães é muito acessível e informal. Ao ler as histórias parece que estamos sentadas numa esplanada a ouvir uma peripécia de uma amiga nossa e com a qual nos identificamos. A forma como a autora é capaz, com as palavras certas, abrir-nos os olhos é extraordinária. "Ouvimos" (na verdade lemos) aquilo que não queremos porque sabemos que é a verdade, evitamos não ouvir aquilo que nos magoa, tudo porque é verdade mas, com este livro nós rimo-nos disso, nós interiorizamos e aceitamos as coisas mais difíceis com uma facilidade inexplicável. Em todos os capítulos eu parava e ficava a rir sozinha, a reflectir o quão eu me identificava com a situação, o quão eu partilhava as mesmas ideias da autora.
Ao longo dos capítulos são-nos apresentados diferentes tipos de homens e as suas diferentes características mas, apesar de isso, é tudo farinha do mesmo saco. Por vezes quando algo de mal acontece acabamos sempre por nos culpar, e o fim de uma relação não é exceção. Quando terminamos um relacionamento tentamos perceber em que é que falhamos, arranjamos sempre maneiras de nos culpar mas, na realidade os gajos, desculpem o termo, são todos a mesma coisa. Pretendem que sejamos todas a mesma imagem formatada e criada pelos media, a boazona ideal que eles vêm no prono. Habituam-se a uma ideia e a um tipo de mulher que na realidade diverge em tudo das mulheres que têm à sua frente. A nossa geração, a geração mcdonald's (como chamava a minha antiga professora de espanhol) é toda feita de comida rápida. Não queremos nada muito profundo. Algo que nos consiga alimentar de forma rápida e simples é o suficiente. Comer,sim... comer nos 2 sentidos é mesmo algo da nossa geração, sendo mesmo o título do 1º capitulo relações fast food. Não queremos relacionamentos sérios, estamos com uma pessoa e a olhar (stalkear) a outra que passa na timeline do instagram, é a mesma coisa que estar a comer um big-mac mas só pensarmos em comer o mcflurry que deixamos para a sobremesa.